Buscar este blog

viernes, 26 de octubre de 2012

SIN RESCATE

Como náufraga de la vida
Su cuerpo va a la deriva
Lluvia, viento y neblina
Día y noche, noche y día.

Juega, recreando sueños
La voz rítmica que palpita
Profiere interpelando los sigilos
Palabras rápidas que regurgita.

Como náufraga de la vida
Su cuerpo va a la deriva
Lluvia, viento y neblina
Día y noche, noche y día.

Recrea, jugando sueños
De emociones leves y melifluas
Un banquete de acertijos
Las verdades son exiguas

Como náufraga de la vida
Su cuerpo va a la deriva
Lluvia, viento y neblina
Día y noche, noche y día.

                    María Cecilia Murcia Segura    
                    26/10/2012




miércoles, 3 de octubre de 2012

RECOGIENDO SENTIMIENTOS


Hago parte de una red social que tiene todos los elementos para llevar relaciones sentimentales, amistades o encuentros casuales.

Cuando alguien tiene tanta luz que deslumbra me gusta estar tan cerca como al disfrutar de un atardecer frente al mar, que solo lo ves y te llenas tanto por dentro, que cuando el sol se oculta, sientes que te has ido con él.

Es el caso de Neto, un amigo Brasilero, que ocasionalmente escribía en su estado expresiones de amores ocultos, mágicos, nostálgicos, fantasiosos y dulces, por una amada a quien seguramente no era capaz de confesarle nada, pero ahí lo dejaba.... seguramente... para que ella los encontrara.


Carta para uma Donzela 

Após zarpar das terras além das brumas, mais uma vez, içei velas que insuflam com as brisas sopradas por sua lembrança e segui o curso, com as estrelas que me guiam e dão suas vidas por aquele efêmero momento de uma luz mais radiante, como fizeram aquelas que as precederam, como farão aquelas que as sucederão. 

E, pela primeira vez neste ano, tomo a tarefa de cortar, com navalhas afiadas de um vento impiedoso, os nós impostos ao cordâme de escritos para ti, e reconheço traços puros daquele estado de espírito alterado ao qual convencionamos chamar felicidade, suscitados pela tua presença. 

Em minha nau, trago fantasias febris de que poeta, gênio ou louco encerra dentro de si todos os segredos do mundo, em sua índole deliciosa, que é a alquimia perfeita entre a virtude e o vício, entre a pureza do cristal e a entorpecência do vinho que ele abriga. 

De tudo, o acaso é a única vontade que aprendi a respeitar, porque existe algo de uma inexplicável e caótica sabedoria na forma como ela move as peças sobre um tabuleiro, em seus pequenos lances de estratégia que escapam à nossa limitada lógica de causa e consequência. 

Não esperava te encontrar, e sequer sabia que te procurava, então mocinha, deixemos que as coisas fluam entre morangos, amoras e cerejas, entre todos os talvezes que querem dizer sim, e entre todos os pequenos segredos que forem necessários, enquanto assim o forem. Até que não mais o sejam." 


Quizás lo encuentres fascinante... con frecuencia los amores secretos tienen un toque de fantasía y magia, por cuanto los anhelos se construyen el imaginario. Son bellos. 

Por vezes, os deuses compartilham suas efêmeras delícias apenas para que, quando nos arrancadas, enlouqueçamos pela sua súbita ausência. Dessa forma, em meu íntimo, sinto que as vezes não pertenço a essa época, e sim a uma aonde as coisas eram mais simples e tinhamos apenas as estrelas e o vento para nos guiar, com sua própria prece, cujos versos estão escritos em letras de fogo no coração

A prece do Corsário Vai. 
Desfralda tuas velas e te afoga no horizonte, 
Te eleva para além da dor, para além da carne e do sangue 
Corre livre como o demônio que conheceu o amor 
E em cujos lábios queima um nome de mulher, em paixão Vai. 
Desfralda tuas velas e te arvora sobre o abismo, 
Enfrenta, corajoso, a serpe furiosa e a onda enraivecida.  
Pois dos talhos que são o rastro de tua quilha 
Brotará a glória de teu nome e daqueles que virão Vai. 
Desfralda tuas velas e ateia fogo à noite, 
Toma as rédeas do destino como quem toma um gole de conhaque 
Mostra aos céus que o mesmo aço que te corta o peito 
É o aço com o qual tua coragem forjou teu coração Vai. 
Desfralda tuas velas e desafia o tempo
Doma o vento tenebroso e faz com que sua fúria seja tua irmã 
Alça os olhos até onde não mais se pode ver 
E viva com a certeza de que cumpriste tua missão Beijos!!!


Y el último tesoro que guardo de él tiene algo más de magia. Se que les gustará


Da lírica sobre Príncipes e arquétipo dos herois românticos... 
Inicialmente, todos os reinos dos contos de fadas existem em terras situadas além do nosso plano de existência. 
Príncipe Encantado, ou simplesmente Encantado, é filho de Fada Madrinha... 
E para começar, minha mãe não é fada, e sim uma Santa!!! 
Com direito a toda retórica e lirismo arremetidos a um Reino Celestial, pois para ter me aguentado com sua infinita sabedoria e paciência Materna durante sua vida, só com essa Santíssima vocação....rsrs Para ser um Príncipe, deve-se ter em primeira instância, a biologia azul envolvente de uma 
Realeza e viver em um conto de fadas não se preocupando com a vida alheia de seus Reinos vizinhos, nem com seu sustento... 
É tido como o "par perfeito", partindo o coração de donzelas que sonham com ele, até se mostrar avesso ao casamento ou exibir um contrato pré nupcial... 
Seu biotipo seria algo descrito como tendo um metro e oitenta de altura (ou um pouco mais), cabelos loiros ou uma variação de pretos e muito brilhantes, sem que sejam oleosos, olhos são invariavelmente de um cristalino azul, e sua aparição sempre se dá montado em seu cavalo com velocidade superior á 300km/h e impecavelmente limpo, nas cores branco pérola, preto piano e vermelho ferrari, podendo ter asas de uma companhia aérea particular em casos onde haja necessidade de viagens a mundos exteriores. 
Porém, nada é perfeito, e muitos de meus amigos, contidos dentro dessa categoria, ainda sublimam-se do hábito de virarem sapos ao abuzar de poções mágicamente alcoólicas deixando assim, de lado seus princípios de principados, utilizando suas "reluzentes espadas" para "traçar" e Dragões e provar maçãs de Bruxas... 
Não caras Senhoritas, não sou Príncipe, sou apenas um Arauto que cruza o bosque à noite, montado em mulas, quase sempre vergando-se ao peso dos alforjes repletos de obrigações e trabalho, aonde a realidade me esbofeteia com a súbita consciência de minhas limitações 
E máscaras, floretes embotados e coletes não podem mudar a essência disso. Beijos!!! Neto!!!


Es la belleza de lo cotidiano, la sencillez de unas palabras de muchos colores... ¿el sueño para muchas mujeres?

Ceci

APUNTES EN EL CUADERNO 1


Y es pérfido aquel amante vulgar que se enamora más del cuerpo que del alma, pues ni siquiera es estable, al no estar enamorado tampoco de una cosa estable, ya que tan pronto se marchita la flor del cuerpo del que estaba enamorado, ‘desaparece volando’, tras violar muchas palabras y promesas. En cambio el que está enamorado de un carácter que es bueno permanece firme a lo largo de toda su vida, al estar íntimamente unido a algo estable.

Precisamente a éstos quiere nuestra costumbre someter a prueba bien y convincentemente, para así complacer a los unos y evitar a los otros.

Queda, pues, una sola vía, según nuestra costumbre, si el amado tiene la intención de complacer bellamente al amante. Nuestra norma es, efectivamente, que de la misma manera que, en el caso de los amantes, era posible ser esclavo del amado voluntariamente en cualquier clase de esclavitud, sin que constituyera adulación ni cosa criticable, así también queda otra única esclavitud voluntaria, no vituperable: la que se refiere a la virtud.

UN ESPEJO SIN IMAGEN - María Cecilia Murcia


María está sentada sobre el tapete frente a la chimenea; observa detenidamente las lenguas de fuego que se entrelazan, los colores, el movimiento, el sonido de la leña al quemarse, todo confluye como una magia que acaricia los pensamientos. 

Nico, recoge unos troncos que lleva al fuego y los abanica para que se mantengan ardiendo, mientras cuenta uno de sus habituales chistes picanticos. María ríe y piensa, qué estará haciendo él en ese momento. 

Mira su reloj, son las diez de la noche del viernes. Jorge se cree Watusi el rey de la salsa, se ríe mientras la toma de su mano y le da sus famosos giros que más parecen una licuadora y sin dejarla tomar aire empieza a mover sus caderas vanidosamente … 

  ----son, son, rojitas son como el corazón rojitas son mis patillas y detrás viene un bocón que le grita amarillas,

canta y mientras baila intenta jugar con sus piernas y sus pies, se ríe, ya no coordina ni tiene la pericia para hacerlo pero recuerda que era muy divertido. 

Se entusiasma con el baile y quiere saber si por fin logra bailar samba, así que elije algo como de Carnaval y baila hasta quedar extenuada, claro, es algo que nunca haría ante nadie de solo pensar como se vería de grotesca al moverse. 

Interrumpe abruptamente y selecciona algo más acaramelado. Eliane Elias es una excelente opción, da play y se sienta de nuevo. Ese piano y esa voz son en extremo fascinantes para ella, canta 
Parece que dizes te amo, Maria/ Na fotografía/ Estamos felices/ Te ligo afobada/ E deixo confissões/ No gravador/ Vai ser engraçado/ Se tens um novo amor/Me vejo a teu lado Te amo?/Não lembro… 

Sus ojos se llenan de lágrimas, quién le podría decir te amo María???... quién desearía sus besos?, quién le llamaría a las seis y la recogería en su trabajo?, quién sentiría que sus sueños de amor estaban colmados en ella?...

Piensa en esa horrorosa ventana del pc ¡¡¡su salvación!!!, así que se apresura y abre su Tagged, pues ha puesto una foto fascinante y quiere comprobar qué sucede. 

Tiene 5 solicitudes de amistad, revisa las fotos de las 18 personas que la quieren conocer y luego abre su inbox. 

Que pereza, Roberto le escribe –sei la mia donna-- y agrega sus fantasías sexuales que tanto odia, lo borra y continúa, Gilberto M de nuevo con su disertación que cree sabia sobre –as mulheres--, la minha bonequinha de Armando,  Orlando con su --amiguis-- que detesta pues parece un tanto maricón al escribirlo, Stefan Repede que le dice –I love you María—y lo mismo hace con todas las Marías de la red. Piensa que no hay nada que le motive hace click sobre cerrar pero alcanza a ver que tiene un mensaje.

Abre nuevamente y se emociona al ver que César le escribió. Es muy atractivo, sus ojos son muy expresivos, además es muy gentil al escribirle en español. Sus palabras son fascinantes y los dos juegan como pintando parajes y situaciones divertidas que solo suceden en la imaginación. Pero esta vez le pregunta qué le sucede porque la ha notado diferente. María decide contarle, pues como César está tan lejos, no tiene nada que perder. Él le pregunta en qué parte de la ciudad vive y luego le dice que la invita a tomar un vino. María piensa que esto es una confusión, ¿acaso no estaba en Napoli? 

Era como si estuviera parada en medio de un trancón y todos los carros pitaran al tiempo. Quería verlo y no verlo, que contradicción. Inventa toda clase de disculpas. Piensa que no tiene ropa muy femenina para ese encuentro, que no puede cubrir las manchas de su cara y que tendría que pasar mucho tiempo hasta que perdiera 40 kg de sobrepeso y que finalmente no es tan interesante y que aunque las cartas fueron geniales, realmente era incapaz de impactarlo con su conversación.  

Está por responderle sintiendo que algo se rompió, quizás fue la cercanía a su corazón abierto o tan solo porque dejó de ser el juego del imaginario y tendría que ser real? 

En medio de una gran contradicción se niega al encuentro, se desconecta y se va a dormir con ese sabor a soledad. Cierra sus ojos pero se siente perseguida. Había permanecido en la zona de seguridad. 

No sabía quién era  y no lo entendía. Los afanes de su vida empezaron a los 17, pero mientras todo corría ella se quedó intacta sin resolver sus propios sueños y tampoco sintió que hubiera desarrollado su personalidad.  Fue como una revelación. En realidad, no quería conocer a nadie. 

Retumban las palabras de su hijo –Mami, no es que ningún hombre se interese en ti, es que tú, los sacas a todos corriendo--. 

Toda esa mentira de quién le podría amar se cayó. Ahora estaba fuera de si, mirándose a sus ojos y preguntando por su verdad. Soledad? 

Siempre quería patear al culpable de su soledad, pero esta vez María comprendió que era su peor enemiga y que si a alguien debía patear era a ella misma que se negaba a vivir.

César le había dejado su número de celular, así que le llamó al día siguiente y acordaron reunirse en la noche. Él era mucho mejor de lo que imaginaba y su entusiasmo lo hizo pavonearse desplegando la totalidad de sus plumas. La conversación fue deliciosa, el vino blanco exquisito, tocó espontanea pero de manera deliciosa el piano y luego el cello, bailaron, escucharon un CD con sus poesías declamadas con una música exquisita, le autografío su libro y para redondear la velada sacó sus LP de jazz clásico. 

María sentía cuánto fascinaba a César con su presencia y línea a línea, entendió, que su miedo real era a sí misma y prefería esconderse en una soledad protegida. 

Siempre quería patear al culpable de su soledad, pero esta vez María comprendió que era su peor enemiga y que si a alguien debía patear era a ella misma que se negaba a vivir. 

Estaba todo ahí, listo para tocar una sinfonía… no era el miedo a la soledad, era el miedo a si misma, a saber de qué está hecha, a enfrentarse a su verdad.

EL PINÁCULO - María Cecilia Murcia

He llegado al pináculo, es justo lo que pensaba, hermoso, majestuoso y sorprendente. El aire suave sopla tocando mi rostro, como si los pasos que me han traído hasta acá me hicieran digna de la serenidad. Creí haber hecho todo para llegar hasta este punto de mi vida y disfrutar al máximo de la alegría. Pretendía que lo vivido se quedara adosado en mi ser.

Intento dar unos pasos hacia adelante, pero solo hay un enorme vacío. Se siente un frío que me recorre y congela cada músculo bajo mi piel. Parece que todo me aprieta, que me congela, me paraliza. Doy giros buscando reconocer este paisaje, cada vuelta se hace como una sombra, todo se torna gris, ya no hay belleza.

Quizás deba gritar pero el temor a escuchar de regreso mi voz como ese eco que retorna y a la vez ensordece el alma, no me lo permite. Que más da, podría aullar, estoy sola, en un mundo sin que el amor que concebía me cobije con su calor.

Guardé paisajes ajenos en tardes de té, tenía preciosos cestos que guardaban tesoros. Creía que recogía cada risa, cada mano amiga, cada gesto dulce, cada entrega, incluso cada desatino y que funcionaba como una cuenta de ahorros.

No se si quizás, cuando las cartas estaban sobre la mesa no entendí de qué se trataba este juego. Solo fui emocional y dejé que mis acciones fueran gestadas desde mis más infantiles impulsos.

O quizás estaba tan apresurada preparando el paisaje para tantas manos que encontré en mi camino…. Que…. Si… ni siquiera supe quién soy.

Tan solo he llegado hasta acá, todo se desvaneció, cada quien siguió su camino y yo me quedé con mi verdad.

La soledad de este crepúsculo ya no es bella, duele….. hasta lo más profundo de mi alma.

UN DÍA - Alfonsina Storni

Andas por esos mundos como yo; no me digas
que no existes, existes, nos hemos de encontrar;
no nos conoceremos, disfrazados y torpes,
por los anchos caminos echaremos a andar.

No nos conoceremos, distantes uno de otro
sentirás mis suspiros y te oiré suspirar.
¿Dónde estará la boca, la boca que suspira?
Diremos, el camino volviendo a desandar.

Quizás nos encontremos frente a frene algún día,
quizás nuestros disfraces nos logremos quitar.
Y ahora me pregunto... Cuando ocurra, si ocurre,
¿Sabré yo de suspiros, sabrás tu suspirar?

PIEDRITAS ENLA VENTANA - Mario Benedetti

De vez en cuando la alegría
tira piedritas contra mi ventana
quiere avisarme que está ahí esperando
pero me siento calmo
casi diría ecuánime
voy a guardar la angustia en un escondite
y luego a tenderme cara al techo
que es una posición gallarda y cómoda
para filtrar noticias y creerlas

quién sabe dónde quedan mis próximas huellas
ni cuándo mi historia va a ser computada
quién sabe qué consejos voy a inventar aún
y qué atajo hallaré para no seguirlos

está bien no jugaré al desahucio
no tatuaré el recuerdo con olvidos
mucho queda por decir y callar
y también quedan uvas para llenar la boca

está bien me doy por persuadido
que la alegría no tire más piedritas
abriré la ventana
abriré la ventana.